CTB e FSM reafirmam luta classista no Brasil e na América Latina

Nesta segunda-feira (31), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com a Federação Sindical Mundial (FSM) realizou o evento: Plenária Intersindical com Organizações Filiadas e Amigas da Federação Sindical Mundial (FSM). A atividade foi realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) e contou com a presença do secretário-geral da Federação Sindical Mundial (FSM), do Chipre, Pambys Kiritsis, e do dirigente da Central dos Trabalhadores de Cuba/FSM (Cuba), Ernesto Freire.  

José Faggian, presidente do Sintaema, fez a saudação de abertura afirmando que a principal tarefa da entidade e dos trabalhadores (as) do saneamento no Brasil é contra a privatização da água e do saneamento. “O direito à água e ao saneamento é um direito humano. Qualquer pessoa deve ter esse direito independente se pode pagar ou não por ele”, afirmou.

Luta classista

Na opinião de Pambys, o momento é de organização dos trabalhadores (as) e reafirmou o papel da FSM e das entidades filiadas. “O que mais nos orgulha é que a reação a essa conjuntura de retirada de direitos vem dos sindicatos que são filiados a FSM”, destacou Pambys.

Segundo Pambys, a única estratégia que existe para a atuação sindical é a luta classista. “Unidos e organizados em nossos sindicatos é que estaremos livres da exploração. Esta é nossa última reunião na América Latina. Voltamos mais otimistas do que chegamos”, concluiu Pambys.

Ernesto Freire reforçou a importância da unidade das centrais e da importância do movimento sindical brasileiro na luta anticapitalista e classista. De acordo com Freire, o movimento sindical não pode estar subdivido por siglas. “A força do movimento sindical classista do Brasil pode contribuir muito para o que se quer alcançar no Cone Sul”, reforçou Pambys.

Mazelas neoliberais

O presidente da CTB nacional Adilson Araújo alertou para o desserviço de forças políticas no continente que seguem praticando, em tempos de crise, um sindicalismo classificado por ele como domesticado. “Precisamos nos comprometer com a criação de um escritório da FSM no Brasil que seria liderado pelas forças políticas que gravitam em torno de um projeto sindical que confronta as teses do liberalismo”, completou Adilson.

Renê Vicente, presidente da CTB São Paulo, afirmou que as ruas têm mostrado qual é o projeto do neoliberalismo. “É possível ver nas ruas de São Paulo a expressão da pobreza. Dezenas de moradores de rua na cidade mais rica da América Latina”, disse. Segundo Renê, a mudança desse cenário começa no movimento sindical e na luta classista forte simbolizada na FSM. “Para que possamos nos fortalecer ideologicamente e fazermos o embate nos rumos da transformação”, disse Renê.

“Muito nos honra compor mais uma atividade com a FSM. Em especial nesta etapa de luta e resistência para a reconstrução dos direitos sociais e trabalhistas que vive o Brasil. Debater isso com a FSM e a CTC de Cuba é um sinal profícuo da organização da Classe Trabalhadora”, finalizou Mara Kitamura, presidente do Sinpro-Sorocaba.

Confira a plenária na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=7b6Qk3Cw_G

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Com informações: Sintaema.