Imperialismo continua alimentando a guerra no leste europeu, o genocídio em Gaza e as provocações contra a China

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, gosta de se apresentar como um democrata bom mocinho. Mas, na contramão da propaganda, pratica uma política externa sanguinária e criminosa, fomentando guerras, o genocídio na Faixa de Gaza e conflitos pelo mundo, que hoje vive um ambiente de caos e crescente barbaridade.

Embora da boca para fora, o falso democrata que ocupa a Casa Branca simule censuras ao Estado terrorista de Isral, liderado por um neofascista corrupto, vai destinar verbas bilionárias para prolongar a guerra entre Rússia e Ucrânia, financiar o genocídio levado a cabo pelos sionistas contra o povo palestino e fomentar provocações e tensões na Ásia contra a China.

Biden sancionou nesta quarta-feira (24) um pacote no valor de US 95 bilhões (mais de meio trilhão de reais) para Ucrânia, Israel e os separatistas da ilha chinesa de Taiwan.

A “ajuda” foi aprovada pelo Congresso após meses de negociações e debates.

Do total, quase US$ 61 bilhões serão destinados à Ucrânia, US$ 26 bilhões vão para os genocidas de Israel e US$ 8 bilhões para os separatistas confrontarem e provocarem a China, que se transformou na maior potência econômica do mundo sob o comando do Partido Comunista.

Taiwan sempre pertenceu à China, mas após a revolução de 1949 a burguesia chinesa – derrotada pelos comunistas – se refugiou na ilha sob o guarda chuva militar dos Estados Unidos.

A provocação capitaneada por Joe Biden é mais um lance da guerra fria que o imperialismo promove contra o gigante asiático.

O pacote também inclui um projeto de lei que pode eventualmente levar ao banimento do TikTok nos Estados Unidos – dando à controladora chinesa ByteDance cerca de nove meses para vendê-lo, caso contrário ele será banido das lojas de aplicativos no país.

É mais uma iniciativa na mesma direção, hipócrita, diga-se de passagem, para quem promove guerras e fanfarras em nome da liberdade de expressão.

Conter a ascensão da China é o objetivo primordial da estratégia imperialista de Washington, mas pelo andar da carruagem é uma política fadada ao fracasso que está agravando a crise geopolítica e pode se desdobrar em confrontos bem mais sérios.

O placar final da votação do pacote bélico no Senado foi de 79-18. Quinze republicanos somaram com três democratas contra o projeto. Entre os democratas que votaram contra o projeto estava o senador Bernie Sanders, que passou algum tempo com Biden no início desta semana e disse ser contra o financiamento adicional dos EUA à guerra de Israel em Gaza, que matou dezenas de milhares de palestinos.

“Basta”, disse Sanders em uma postagem no X logo após a aprovação do projeto. “Chega de dinheiro para a máquina de guerra do [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu.”

O projeto aprovado parece também justificar o argumento dos críticos do imperialismo segundo o qual ocorre na Ucrânia uma guerra sob procuração que na verdade opõe a Rússia aos EUA e OTAN, servindo os ucranianos de bucha do canhão imperialista.

De outro lado, os bilhões em armas, equipamentos e materiais bélicos (inclusive humano) que serão destinados aos promotores do genocídio em Gaza, aos separatistas chineses e ao prolongamento do conflito no leste europeu serão canalizados para os oligarcas do complexo industrial militar dos EUA, sem dúvidas os principais beneficiários da política externa comandada pelo atual presidente estadunidense.

Foto: divulgação

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